sexta-feira, 5 de março de 2010

Pesamentos...


Das virtudes quase não se fala mais. Isso não significa que não precisemos mais delas, nem nos autoriza a renunciar a elas. É melhor ensinar as virtudes, dizia Spinoza, do que condenar os vícios. É melhor a alegria do que a tristeza, melhor a admiração do que o desprezo, melhor o exemplo do que a vergonha.
Não se trata de dar lições de moral, mas de ajudar cada um a ser seu próprio mestre, como convém, o seu único juiz. Com que objetivo? Para ser mais humano, mais forte, mais doce. Virtude é poder, é excelência, é exigência. As virtudes são nossos valores morais, mas encarnados, tanto quanto pudermos, mas vividos, mas em ato. Sempre singulares como cada um de nós, sempre plurais como as fraquezas que elas combatem ou corrigem.

Não há bem em si: o bem não existe, está por ser feito, é o que chamamos virtudes.

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