terça-feira, 14 de dezembro de 2010

O último para Ele

Pensar na possível inexistência da minha foto em seu celular é suficiente para impulsionar minha vontade de você.
A decisão tomada por mim, incentivada pela mais nova conselheira, não tem volta, já não estarei disponível para seu próximo desejo.
Olho agora para foto que você não conheceu, nos dois num sorriso facilmente forjado pela transparência de um belo ator que é. Sinto seu perfume em minha blusa branca, e essa vontade de querer você, que vem e não passa.
Agora como boa adulta que sou, desejei falar-te sobre amor, saudade, realidade e utopias. Desejei presentear-lhe com toda essa minha sintonia de conturbações que detenho comigo em dias atuais. A finalidade para tal ato, se bastaria com mais uma breve conversa no estacionamento, onde falaríamos sobre todos os motivos relevantes para continuarmos juntos apenas por verdadeiro e simples sentimento que aos poucos cresceria, tornando-se for fim, grande e velho, para que quando assim estivesse nos parássemos. Parássemos e sem conseguir perceber tamanha forma construída, talvez realmente parássemos por ai. Mas eu seria feliz. Você encontraria uma nova forma de construir sentimentos; confesse-se desprovido de receitas. Quero apenas que saibas sobre minha percepção de nos, vale mais para mim... Significa mais que um simples beijo público lotado de saudade. Na verdade possui caráter de mera expectativa, mas suficiente para encorajar-me a não mais estragar o desejo com pequenos desleixos.
Continuarei apenas pensando na inexistência da foto, mas não mais sentido seu cheiro em minha mais querida blusa.
Queria ter sido amor.

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